sexta-feira, setembro 25, 2009

Andar por aí

Andar por aí deve ser porreiro, pá!

Devia, aliás, ser uma profissão com acesso através de concurso público. Sim, porque nem todos têm perfil para andar por aí. O Pedro Santana Lopes, por exemplo, não conseguiu manter-se por aí, rapidamente regressou ao por aqui, que designo por lides públicas.

Não, o andar por aí não é um cargo público, o por aí é um cargo privado, quase uma carreira auto-didacta que se limita a apreciar quem anda por aqui.

Ainda não perceberam, eu explico:

Andámos todos por aqui a ver se percebemos porque é que somos o País que somos, com todos os defeitos e virtudes, com os atrasos e avanços, os que em nós mandam e nos dirigem, e ainda não entendemos que enquanto por aqui andarmos nos limitamos a ser informados e, por vezes, ignorados.

E a classe que anda por aí a dirigir-nos, vai por aí levando o que produzimos, entrega a quem entende o que dá para ver por aí, eventualmente estudar o que se vai fazer por aí, e, melhor fora, que não tenha que se deslocar a lado nenhum, muito menos por aqui.

Estes que analisam os “por aí” são os que se safam. São os que ninguém sabe o nome, ninguém conhece, mas que se tornam um número, considerável diga-se, por aqui.

São os gajos que quando por cá se faz de conta, vão vendendo essas ideias e ganhando o pilim. Esmiúçam, fazem textos parvos (mais ou menos como este), tornam-se famosos e influenciam opiniões. Não, não são os Gato Fedorento. São os 48.000 milionários de Portugal. Excluindo meia dúzia de palermas que trabalham mesmo, os outros andam por aí (devem ser gestores) a analisar e estudar soluções que ninguém entende, mas, contudo, sendo produzidas a partir de bases estudadas, enfim, por aí, se tornam valiosíssimas.

Deve ser…

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