quarta-feira, fevereiro 23, 2011

É a vida…

O homem que não quer limpar a cela, outros que querem demonstrar aos demais o que acontece quando se desafiam as normas de uma comunidade.

Podiam desatar a disparar taser’s contra os membros do Governo, ou os líderes europeus. Seria uma boa forma de os chamarem à razão.

Aquele homem enfiado num espaço que é seu, que ocupa mais de metade dos seus dias, que devia estar com tudo menos com ar de prisão, transformou-o num autêntico nojo.

Como foi possível chegar a tal ponto?

Enfim, agora que divulgam o vídeo da operação, que decorreu em Setembro, vem tudo em catadupa bater nos homens que têm como missão impor a  ordem nas cadeias quando os demais guardas não conseguem pelos meios normais e habituais.

Confesso que, nestes casos, tenho uma tendência contrária aos demais, de dar o benefício da duvida às autoridades. As pessoas têm em democracia o hábito de desafiar as polícias, como se estivessem a enfrentar quem nos governa. Aquele polícia que está a ser julgado por ter disparado contra uma viatura em fuga, é o símbolo de um Estado que se demite das suas obrigações, porque não é admissível que, um qualquer cidadão desobedeça a uma ordem de paragem de uma autoridade. Não se deve disparar por dá cá aquela palha, mas, colocar miúdos sob uma pressão tremenda, em que se lhes exige eficácia na acção, com uma arma num coldre, e quando este é constantemente desautorizado pelo Estado, que representa, leva-o a tomar decisões de defesa que não passam de imposições do mais forte. Admira-me é que, só após terem visto que o condutor não era portador de nenhuma arma é que o acusaram de homicídio.

Infelizmente neste cantinho da Europa, os poderosos impõem-se aos demais com arrogância e prepotência. Os polícias impõem-se aos que deviam proteger com a lei da bala. Ninguém tolera nada. Nem uns, os que fogem à regra, nem outros, os que a impõem. Mas, mesmo assim, acho que os polícias têm a decisão mais difícil.

Teria sido mais fácil para o condutor que fugiu sem razão aparente, parar, bem como aquele prisioneiro saber acatar as regras que, enquanto foi livre, não quis respeitar, e por isso está preso.

É a vida em sociedade.

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